EMISSÕES DE MOTORES A DIESEL - PARTE 3

 


A exposição laboral às emissões de motores a diesel pode ocorrer em muitos ambientes laborais diferentes, entre os quais a mineração, a agricultura, a construção e o transporte, seja ferroviário, por rodovias, aéreo ou marítimo em nas oficinas de manutenção de veículos.

Os principais fatores que determinam a exposição são o tipo e o número de motores a diesel em uso, sua potência, o regime de funcionamento, se o trabalho ocorre no exterior ou no interior e, neste caso, a ventilação existente.

Nos estudos que se realizaram para caracterizar a exposição aos vapores da emissão de diesel em vários setores de atividade (Pronk, Coble, Stewart, 2009), se observou que as maiores exposições ocorriam na mineração interna e na construção de túneis, com níveis médios de exposição diária medidos como carbono elementar de 100 μg/m³ (0,1 mg/m³), seguido dos trabalhos em nas docas de carregamento, mecânicas e de manutenção, com níveis entre 20 e 40 μg/m³. 

Seguem a tripulação de trens, construção, carga e descarga de bagagens de aviões, cuja exposição média se situa abaixo de 10μg/m³. 

Por último, os motoristas profissionais se situam em torno dos 2μg/m³ de exposição diária média (tabela 1).

Muitos dos estudos de caracterização da exposição às emissões de motores a diesel foram realizadas antes da entrada em vigor das diferentes normas que limitam a emissão dos veículos e do uso mais generalizado dos filtros de partículas e outros sistemas integrados de controle das emissões (Pronk et al., 2009), então pode ser que em determinados ambientes laborais, a exposição haja mudado tanto qualitativa quanto quantitativamente à medida que foram renovados os veículos e os equipamentos.

Outras profissões que são afetadas pela exposição laboral a este agente são os bombeiros durante o seu trabalho em estações e nos trabalhos de extinção de incêndios, os trabalhadores em cabines de pedágios e os trabalhadores em estacionamentos, os operadores de empilhadeiras, os trabalhadores do setor petrolífero e qualquer posto de trabalho que se situa próxima de compressores, geradores e outros equipamentos que utilizem o óleo diesel como fonte de energia. 

Na tabela 2 se apresenta uma lista, não exaustiva, de profissões que podem estar expostas às emissões de motores a diesel.

Setor de Atividade

Níveis de exposição diária (μg/m³)

Mineração interna e construção de túneis

100

Docas de carregamento, mecânicas e manutenção

20 - 40

Tripulação de trens, construção, pessoal de terra na aviação

10

Motoristas profissionais

2

Níveis de exposição pessoal a carbono elementar em distintos setores de atividade (Fonte: Pronk et al., 2009)


Principais profissões nas quais pode haver exposição

Mineiros

Trabalhadores da construção de túneis

Motoristas profissionais, incluindo transporte de pessoas, de mercadorias e serviço mensageiro

Bombeiros

Trabalhadores de reparos e manutenção de veículos ou equipamentos a diesel

Trabalhadores da construção

Trabalhadores de armazéns e logística

Agricultores

Operadores de cabines de pedágios

Trabalhadores de aduanas

Pessoal de controle de tráfego: policiais, guarda civil, etc.

Operadores de máquinas pesadas

Carregadores e trabalhadores de cais de embarque

Trabalhadores marítimos

Operadores de equipamentos de manipulação de cargas

Trabalhadores da indústria petrolífera

Ferroviários, tanto condutores como tripulação de máquinas a diesel

Trabalhadores de coleta de lixo

Pessoal de terra em aeroportos

Silvicultores e lenhadores

Lista não exaustiva de profissões nas quais pode haver exposição às emissões de motores diesel


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A Prot Labor Consultoria e Engenharia é uma empresa de Engenharia de Segurança do Trabalho, Higiene Ocupacional e Engenharia Civil.


Nossos profissionais são Engenheiros habilitados no Ministério do Trabalho e CREA, com 23 anos de atuação.


Especializações: 

Assistência Técnica Pericial

Laudo de Insalubridade e Periculosidade

Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos (NR 9)

Treinamentos (NR 20, NR 6, NR 1, NR 9, NR 5)

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (CIPA)

Assessoria em Avaliações de Ruído

Assessoria em Avaliações Químicas

Assessoria em Avaliações de Calor

Perfil Profissiográfico e Previdenciário

Semana Interna de Prevenção de Acidentes (SIPAT)

Ordens de Serviço de Segurança

Fator Acidentário de Prevenção

eSocial

Análise Ergonômica do Trabalho (AET)

Análise Ergonômica Preliminar (AEP)

Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT)

Programa de Proteção Respiratória (PPR)

Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Similares (PPRPS)

Programa de Prevenção de Acidentes em Máquinas Injetoras (PPRMI)

Análise e Classificação de Áreas (NR 10)

Análise e Classificação das Instalações (NR 20)

Assessoria em Avaliações de Vibração de Corpo Inteiro

Assessoria em Avaliações de Vibração em Mãos e Braços

Gerenciamento de Riscos

Diagnóstico, Auditoria e Adequação às Normas Regulamentadoras 

Plano de Atendimento a Emergências (PAE)

Inspeção Técnica de Instalações Elétricas e Emissão de Relatórios Técnicos

Treinamentos da NR 10

Elaboração e Gestão de Prontuário de Instalações Elétricas


EMISSÕES DE MOTORES A DIESEL - PARTE 2

 


Uma exposição de curto prazo (aguda) a concentrações elevadas de emissões de motores diesel podem produzir irritação das vias respiratórias, dos olhos, dor de cabeça, tontura, náuseas e sintomas de inflamação das vias respiratórias, variáveis entre indivíduos e de caráter transitório.

Quando ocorre uma exposição a longo prazo (crônica), são produzidos efeitos mais graves, como inflamação pulmonar, exacerbação da resposta alérgica, afecções cardiovasculares e câncer de pulmão (IARC, 2013).

Além disso, a exposição a este agente pode agravar patologias prévias do tipo cardiovascular ou respiratório.

Em 1988, a IARC classificou as emissões de motores diesel como provavelmente carcinogênico em humanos, em seu grupo 2A.

Em 2012, depois de revisar os estudos mais recentes, a IARC concluiu que é cancerígeno para o ser humano, classificando-o no grupo 1, devido à existência de provas suficientes em humanos, isto é, em estudos epidemiológicos, que demonstram que a exposição está associada a um maior risco de câncer de pulmão.

Também existem evidências limitadas que relacionam a exposição a estas emissões com uma maior probabilidade de desenvolvimento de câncer de bexiga.

Os efeitos para a saúde devido à exposição ao material particulado em geral dependem da quantidade que se acumula nos pulmões, que, por sua vez, dependerá da concentração de partículas no ar respirável e do tamanho das partículas.

As partículas cujo tamanho é menor do que 10 μm, que em higiene industrial se conhece como fração respirável, podem se inaladas e penetrar no sistema respiratório até alcançar os alvéolos pulmonares e ali depositar-se, produzindo efeitos danosos.

A maioria das partículas das emissões de motores a diesel têm um tamanho inferior a 0,1 μm (100 nm), isto é, são nanopartículas ou, como são conhecidas no âmbito de saúde pública e do meio ambiente, “partículas ultrafinas”.

Os distintos estudos indicam que a maioria das partículas das emissões de motores diesel se situam em tamanhos ao redor de 50 nm (Kittelson et al., 2008).

Estas partículas, devido a seu pequeníssimo tamanho e à sua elevada superfície específica, são extremamente reativas e são capazes de atravessar o epitélio e as paredes vasculares e chegar à corrente sanguínea (Sydbom et al., 2001).

EMISSÕES DE MOTORES A DIESEL - PARTE 1

 


As emissões de motores a diesel são uma mistura complexa de partículas, aerossóis líquidos, gases e vapores, que são gerados durante o funcionamento de motores que utilizam o óleo diesel como combustível, como produto da combustão.

As partículas sólidas, ou fuligem, são compostas por um núcleo de carbono elementar, também conhecido como carbono negro, carbono orgânico e outros agentes, como cinzas, metais e sulfatos.

A fase gasosa é composta por monóxido e dióxido de carbono e óxidos de nitrogênio junto com compostos orgânicos voláteis (COV) e semivoláteis (COSV), adsorvidos na superfície das partículas.

Dentro desta composição se encontra um número grande de substâncias reconhecidas como cancerígenas, como o formaldeído, o benzeno e os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos.

Algumas misturas de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, em particular os que contém benzopireno, cumprem os critérios para serem classificados como carcinogênicos, devendo ser considerados agentes carcinogênicos.

Estas misturas são geradas, geralmente, durante os processos de combustão, como os produzidos nos motores diesel, especialmente quando em temperaturas muito elevadas.

Tanto a composição destes fumos como a quantidade liberada no ambiente é variável e dependem de fatores como: as características do combustíveis e dos óleos lubrificantes, a tecnologia e idade do motor, incluindo se conta com sistemas de redução das emissões, o regime de funcionamento do mesmo, isto é, se estiver ocioso, funcionando com baixa carga ou a máxima potência, a temperatura do motor e as condições de manutenção e ajustes do mesmo.

Existe uma concentração de fundo de emissão de motores diesel no ambiente que se origina sobretudo pelo tráfego e que será mais ou menos importante dependendo da zona geográfica. 

Além desta concentração de fundo, nos locais onde são utilizadas máquinas móveis, ou fixas, que utilizem o diesel como combustível, haverá uma concentração adicional.

NÃO CAIA DA ESCADA

 

Só se deve utilizar uma escada de mão para subir e descer de um lugar determinado, com frequência não habitual e quando não se disponha de meios fixos de acesso, tais como escadas fixas e passarelas.

O uso de escadas manuais nos ambientes de trabalho deve limitar-se àquelas circunstâncias nas quais não se justifique o uso de outros equipamentos de trabalho mais seguros, pelo baixo risco e pelas características do local.

Nesta justificativa deve ser incluída na avaliação de riscos da empresa.

Existem no mercado diferentes equipamentos de trabalho que permitirão realizar as tarefas com maior segurança para os casos nos quais exista o risco de queda: equipamentos telescópicos manuais, plataformas elevatórias, andaimes, torres, plataformas andaimes, etc.

Antes de seu uso:

Comprove que não é possível realizar o trabalho no solo utilizando ferramenta com manipuladores telescópicos, ou utilizando outros meios de elevação mais seguros que uma escada (PEMT, andaimes, etc.)

Comprove que a escada é apta para uso profissional.

Não realize trabalhos com a escada se não tiver a formação necessária para utilizá-la.

Assegure-se de que é adequada para a tarefa a realizar (longitude, isolamento para trabalhos com risco de tensão elétrica, etc.).

Comprovar seu estado e a ausência de defeitos que possam reduzir a sua resistência.

Em solos inclinados ou desnivelados, comprovar que dispõe de bases reguláveis.

Colocação da escada:

Antes de colocar uma escada, olhe ao seu redor.

Comprove que não há perigos que possam afetar a sua segurança: tráfego (pedestres ou veículos), portas que abrem na direção da escada, condutores elétricos.

Se vai ocupar vias ou zonas de passagem, sinalize e delimite seu local de trabalho.

Deve permitir que os veículos circulem de forma segura.

Nunca apoie a parte superior sobre elementos instáveis (cablagens).

Revise os postes ou suportes antes de colocar as escadas.

Não a apoie sobre postes ou elementos dos quais tenha dúvida sobre sua resistência e estabilidade.

Quando apoiar sobre uma parede ou outra estrutura, deve estar separada da parede por 1 metro para cada 3 metros de altura útil.

Assegurar que esteja estável, que as sapatas de apoio não resvalem e que esteja segura contra tombamento.

A escada deve estar apoiada em cima e em baixo.

Evite apoiar em superfícies sujas e escorregadias.

Use sapatas antideslizantes.

A escada sempre estará nivelada e apoiada sobre uma superfície firme.

Uso da escada:

Respeite sempre as especificações e limitações indicadas pelo fabricante.

Não a coloque sobre elementos, tais como baterias, cofres, veículos, pás, etc., para alcançar mais alto.

Se colocar perto de buracos ou desníveis, deve dispor de sistemas de proteções adicionais (cobertura da abertura, redes verticais, etc.).

Utilize uma escada extensível e nunca utilize duas para tornar uma mais comprida.

Preste atenção nas condições meteorológicas.

Realize os trabalhos em altura sempre acompanhado.

Quando utilizar para subir a um nível mais alto, deve ser suficientemente comprida para ultrapassar de pelo menos 1 metro do ponto de descida.

Nunca a reposicione em cima dela.

Não desça de uma escada de apoio sem comprovar que precauções adicionais devem ser tomadas.

Não suba muito alto: a parte superior da escada deve estar na altura de sua cintura para que possa apoiar-se facilmente se necessário.

Suba e desça sempre de frente à escada.

Evite desequilíbrios: o corpo deve estar na vertical sobre a escada, sobre os mastros.

Desça e reposicione a escada se precisar esticar-se para chegar a outro ponto.

Somente uma pessoa deve estar na escada.

Não carregue materiais nas mãos enquanto sobe ou desce a escada. Transporte-os em porta ferramentas, bolsas ou cordas).

Nas escadas de apoio deve utilizar ambas as mãos para realizar qualquer trabalho: assegure-se que esteja imobilizada (com cordas ou outros sistemas), utilize um posicionador, ou flange de fixação como terceiro ponto de apoio.

Nas escadas de tesoura, tente apoiar-se com uma mão enquanto trabalha com a outra.

Mais segurança: escadas de tesoura com plataformas de trabalho e grades.

Menos segurança: colocar-se em ambos os lados de uma escada de tesoura ao mesmo tempo.

Revisão e manutenção:

Revise a escada antes de cada uso e habitualmente de acordo com as instruções do fabricante.

É conveniente que utilize um adesivo ou outro meio que comprove sua revisão.