DO CONTROLE À PREVENÇÃO DA CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL

O controle das fontes emissoras implica no risco de transferir a contaminação de um meio ao outro, que podem causar problemas ambientais igualmente graves, ou, inclusive, acabar atuando como fonte indireta de contaminação para o mesmo meio. 

Embora menos caro que as ações corretivas, o controle das fontes emissoras pode aumentar consideravelmente os custos dos processos de produção sem agregar nenhum valor.

Além disso, este tipo de controles implica em custos adicionais derivados do cumprimento obrigatório da legislação vigente.

Ainda que o controle da contaminação ambiental alcance sucessos consideráveis na resolução de curto prazo de problemas de contaminação de âmbito local, sua eficácia é menor para solucionar os problemas acumulados que se detectam cada vez mais a nível regional (por exemplo, a chuva ácida), ou mundial (por exemplo, a destruição da camada de ozônio).

O objetivo de um programa de controle da contaminação ambiental orientado para a saúde é promover uma melhor qualidade de vida reduzindo a contaminação ao menor nível possível.

Os programas e políticas de controle da contaminação ambiental, cujas implicações e prioridade variam de um país par outro, abrangem todos os aspectos da contaminação (água, ar, solo, etc.) e requer a coordenação entre distintas áreas, como desenvolvimento industrial, planejamento urbanístico, desenvolvimento de recursos hídricos e políticas de transporte.

Thomas Tseng, Victor Shantora e Ian Smith estudaram o caso dos Grandes Lagos Norte Americanos como exemplo do impacto dos distintos meios que a contaminação pode ter em um ecossistema vulnerável submetido a grande estresse.

Neste estudo, se examina, em particular, a limitada efetividade do modelo de controle da contaminação, aplicado para solucionar o problema das toxinas permanentes que se dissipam no meio ambiente.

A análise da estratégia utilizada neste país e suas possíveis implicações em escala internacional permite determinar suas implicações em termos de medidas de prevenção e controle.

Ao aumentar o grau de sofisticação e custo das tecnologias de controle da contaminação ambiental, surgiu um crescente interesse em incorporar a prevenção ao projeto dos processos industriais, com o objetivo de eliminar os efeitos nocivos ambientais e melhorar a competitividade das indústrias. 

Entre os métodos de prevenção da contaminação mais utilizados destaca-se o da tecnologia limpa e a redução do uso de substâncias tóxicas para eliminar os riscos para a saúde dos trabalhadores.

David Bennet analisa as razões pelas quais a prevenção da contaminação se impõe como estratégia preferida, assim como sua relação com outros métodos de controle ambiental.

Esta estratégia é fundamental para promover o desenvolvimento sustentável, uma necessidade amplamente reconhecida desde a criação da Comissão de Comércio e Desenvolvimento das Nações Unidas em 1987 e respaldada na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento em 1992.

A prevenção da contaminação se concentra diretamente na utilização de processos, práticas, materiais e fontes de energia que evitem ou reduzam ao mínimo a criação de contaminantes e resíduos na fonte, ao invés de ter que recorrer a outras medidas de controle.

Embora o compromisso das empresas seja um fator crítico para prevenir a contaminação, Bennet chama a atenção para as vantagens sociais da redução de riscos para o ecossistema e para a saúde, especialmente para a saúde dos trabalhadores.

Além disso, identifica os princípios que podem ser aplicados com êxito para avaliar a viabilidade desta abordagem.

 

 

 

ATMOSFERA EXPLOSIVA

Entende-se por atmosfera explosiva, a mistura com o ar, nas condições atmosféricas, de substâncias inflamáveis em forma de gases, vapores, névoas ou pós, as quais, após uma ignição, a combustão se propaga por toda a mistura não queimada.

As explosões a que se refere esta definição são explosões químicas produzidas a partir de uma reação de combustão exotérmica.

Pode-se definir como uma combustão rápida que gera gases quentes que se expandem, dando lugar a uma sonda de pressão (onda aérea) e a uma frente de chama que se propaga rapidamente.

A energia liberada em uma explosão não tem porque ser necessariamente maior que a produzida a partir de uma combustão simples, mas esta energia é liberada em um tempo muito pequeno e, portanto, com grande potência.

Em função de como a substância inflamável se misture com o ar, de sua concentração e de como se produza a ignição, pode gerar uma combustão rápida em forma de brilho ou gerar uma frente de chama e as citadas ondas de pressão, causando a explosão.

A explosão normalmente se propaga em regime de deflagração, isto é, a velocidade linear do avanço da reação (frene de chama) é inferior à velocidade do som e a onda de pressão gerada avança para diante da frente da chama ou zona de reação.

A detonação é um regime mais severo de propagação da explosão, a velocidade de propagação é superior À velocidade do som e a onda de pressão, denominada onda de choque e a frente da chama avançam acoplados.

Este fenômeno é devido ao efeito de compressão da onda de choque, a qual gera uma alta temperatura e dá lugar à autoignição da mistura inflamáveis que ainda não queimou.

Como consequência, serão necessários métodos específicos de proteção.

Outro aspecto que se deve cumprir para que uma atmosfera possa ser considerada explosiva, é o fato de que a mistura das substâncias inflamáveis com o ar devem ser produzidas nas condições atmosféricas de temperatura e pressão habituais no ambiente de trabalho. 

MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS COM EQUIPAMENTOS E MANUAIS

 


A movimentação de materiais é uma operação ou conjunto de operações que envolvem mudança de posição de objetos para efetuar qualquer processamento ou serviço.

São efetuadas mediante a utilização de equipamentos que poderão exigir esforços do trabalhador, tornando-o vulnerável aos riscos dessas atividades.

Na movimentação e manipulação de materiais e cargas existem situações desfavoráveis ou agressivas que poderão interferir com maior ou menor intensidade no rendimento do colaborador devido ao trabalho físico, às posturas inadequadas ou incômodas, ao armazenamento inadequado, às condições ambientais insatisfatórias, aos arranjos físicos deficientes e às edificações não compatíveis com as atividades desenvolvidas.

A movimentação de materiais pode ser realizada por vários equipamentos: diversos tipos de elevadores de carga, guinchos, empilhadeiras, guindastes, talhas, lingas, correntes e outros.

Os materiais a serem movimentados podem apresentar as mais diversas conformações, tais como caixas, tambores, produtos a granel, elementos paletizados, etc.

O transporte manual apresenta riscos diferentes daqueles que acontecem na movimentação com equipamentos.

As condições ambientais poderão aumentar os riscos se houver pouca visibilidade, ventilação insuficiente, falhas ou falta de controle do trânsito, etc.

A manutenção correta dos equipamentos é condição fundamental para eliminar ou minimizar os riscos.

Os principais riscos na movimentação de materiais não são apenas os eventuais defeitos dos equipamentos utilizados, mas na atuação do colaborador.

A movimentação de materiais deve ser cuidadosamente planejada, abrangendo a seleção correta dos equipamentos a serem utilizados na movimentação, a análise da sequência das operações e a correta determinação dos procedimentos em caso de alguma eventualidade.

A movimentação manual de cargas pode causar danos entre os quais a queda de objetos e o incorreto posicionamento na movimentação destes objetos.

A adoção de posturas incorretas quando se eleva ou deposita cargas exige esforços musculares desnecessários, podendo causar tensões musculares e outros danos físicos.